domingo, 22 de novembro de 2015

BATTLE ROYALE DE KOUSHUN TAKAMI

Violência na sua mais pura forma.

Abrindo Battle Royale pra ler:



Única obra do autor japonês, Koushun Takami. Aclamada por muito e conhecida por seu conteúdo polêmico. Ah, sim, depois do lançamento de Jogos Vorazes uma nova polêmica surgiu devido a familiaridade do contexto, contudo acho exagero, ja que as obras possuem uma abordagem totalmente diferente. Presente em minha lista de sejos a muito tempo, finalmente comprei um na ultima Bienal. 

Em Battle Royale a história se passa em um mundo onde o Japão é conhecido como República da Grande Ásia Oriental e possui um perfeito governo totalitário. Esse Governo opressor cria um plano perfeito para controlar a população e passar uma mensagem bem clara. O Programa é assim executado anualmente, onde uma turma do nono ano é sorteada aleatoriamente e seus alunos jogados em uma ilha, dando inicio ao mais brutal jogo de todos. Os alunos, antes colegas de turma, agora precisam sobreviver, matar uns aos outros até que apenas um permaneça de pé. Apenas o Vencedor poder sair da ilha. O Programa existe com o proposito de coletar dados de guerra... Mas também é pra deixar claro que não se pode confiar em ninguém. 

Nesse cenário distópico criado pelo Takami, o próprio leitor se sente oprimido e totalmente chocado com o que se passa nas mais de 600 páginas desse livro. Tamaki conseguiu elaborar um ambiente onde o medo, desconfiança, amizade, amor...Tudo é levado ao limite e sempre regado com muito, mas muito sangue mesmo! Não há pudor algum aqui, as cenas de luta são super bem descritas, com detalhes ricos demais até. E por debaixo dessa brutalidade sangrenta e visceral, o autor ainda teve o cuidado de montar todo o psicológico de cada estudante, criando personagens complexo, alguns com passados tristes outros com grande sonhos pro futuro...Contudo o foco maior cai sobre três estudantes, Shuya,o típico garoto da casa ao lado, Noriko, a garota da casa ao lado, e Shogo, o garoto misterioso que ninguém quer chegar perto. Dos três Shogo é o mais fascinante, na minha humilde opinião. Ele é esperto e tem um humor distorcido, sendo leal tanto aos amigos quanto aos seus ideais. Shuya se desenvolve ao longo da historia e ganha pontos por isso. Noriko começa meio donzela indefesa, o que ate da pra entender devido ao estado que ela se encontra, e só no finalzinho vemos a jovem tomar as rédeas da situação.
Como o lugar é uma ilha, o autor pode se focar na descrição das cenas de luta e nos personagens em si, permitindo uma abordagem mais profunda de suas história, então não tem enrolação nenhuma, apenas o psicológico e a violência do ser humano. 

Esse livro não é para os corações fracos, mas é perfeito para quem curte um thriller contendo muita ação e suspense. Quem le entendo porque ele é polêmico mas entende também como essa obra é bem narrada e, certamente, digna de seu sucesso. 

Bônus: O livro rendeu um filmes japonês de mesmo nome e que não economiza em nada no sangue falso, trazendo com louvor a brutalidade das páginas para a telinha, contudo deixa a desejar para com o lado psicológico dos personagens, o que é compreensível, pois ai teria que ser um filme para cada, sei la, cinco personagens? Ainda sim faz juz a obra em que se baseia. 

2 comentários:

  1. Oi tudo bom?
    Ai, eu AMO o filme, acho que ali está o que se espera de Jogos Vorazes sabe? Violência e explicar o porque disso, ai adorei a primeira frase que definiu tudo.
    Preciso ler o livro, mas to fugindo de calhamaços no momento kkk

    Beijos

    Tem sorteio rolando no blog, participem:
    http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/

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    1. Acho que JV e BR são diferentes na essência. Mas sim, o filme é tão muito bom! Principalmente se você curte porradaria e sangue rsrsrsrsrs
      Olha, apesar do livro assustar e muito pelo seu tamanho, essa edição não pesa tanto assim, tenho livros mais finos que são mais pesados que esse, devido ao seu material e, cara, a historia é tão dinâmica que quando se der conta já ta no final! Vale muito apenas ler.

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