Peter Pan de JM Barrie

Quando criança adorava demais o filme da Disney do Peter Pan e depois de burra velha consigo ler Peter Pan! 

Sou apaixonada por essa coleção da editora Penguin que é em inglês,mas os livros de bolso dela são super levinhos e apesar de não ser da melhor qualidade de material, eles ate que duram bem. 

Essa edição tem 185 páginas e a unica coisa ruim dessas edições de bolso são as letras miúdas, que pode ser um problema pra alguns. 

Diferente da animação da Disney e mais parecido com o live action de 2003, o livro conta como os três irmãos que ja conhecemos encontram Peter Pan em seu quarto e assim vão parar na Terra Do Nunca, que no livro é uma ilha da imaginação onde todas as crianças vão durante os sonhos. Não lembrava desse detalhes nos filmes. Na verdade, muita coisa não é contada nos filmes, como sempre.

Como se estivesse contando a historia para seus sobrinhos pequenos, Barrie, nos transporta pra Terra do Nunca através de uma leitura fluida cheia de rimas e detalhes que afloram nossa imaginação. Ler Peter Pan é como voltar a ser criança! 

Ao longo da história, depois de Wendy se tornar a mãe dos meninos perdidos e aos poucos as crianças vão esquecendo dos seus verdadeiros pais, vemos que Pan é no fundo um menino assustado. Gente, é de partir o coração, serio! Ao mesmo tempo que ele quer ter uma mãe, ele não deixa ninguém falar sobre o assunto e é bem rígido sobre isso. E no final, da pra notar que ele e o Gancho são lados oposto da mesma moeda, tanto que ao ler fica claro que os dois tratam seus companheiros como cachorrinhos treinados. E por falar nisso, um aspecto interessante é como o autor aproxima animais e humanos, pondo-os em igual. Enquanto ele fala dos marujos e meninos como cãozinhos adestrados, Nana, que é na verdade uma cachorra, é tão humana quanto muita gente por ai. Nana, é de longe, a melhor babá que alguma família poderia ter. Super dedicada e esperta!

Claro que muita coisa se torna apenas incrível para uma criança. E o final combina com a coisa toda, que apenas revela o caráter mimado de Pan. Não que ele seja ruim! Ele é apenas uma criança que jamais cresce, sabe? 

Fiquei triste pela Wendy, ela gostava de verdade do Peter, porem ela volta pra casa e acaba crescendo assim como todos os outros meninos perdidos, mas la no fundo ela jamais esqueceu dele (ou ele dela, pelo menos ao seu modo) e a promessa que fizera a Pan quando criança passou a ser meio que uma herança passada de mãe para filha e assim sempre haverá novas histórias a serem contadas.

Na real dou uns 3,8 porque apesar de ser muito bom, não passa de uma historia pra criança.