terça-feira, 31 de março de 2015

Nefertite: Amor, Poder e Traição no Antigo Egito de Jacqueline Dauxois

Da editora Ediouro e escrito por Jacqueline Dauxois, Nefertite: Amor, poder e traição no antigo Egito é um romance baseado em uma hipótese sedutora, como a própria autora diz ao final do livro. 
Nas 285 páginas acompanhamos Nefertite desde seus 10 anos, onde já se mostrava sagaz e determinada, até o fim de seu reinado, primeiro ao lado de Aquenáton como a Grande Esposa Real e depois como co-regente, se tornando uma Faraó aclamada pelo povo, devido sua beleza divina e inteligência. 

Nefertite é uma figura enigmática e ate hoje não se sabe com certeza sobre suas origens e nem como esta veio a falecer, já que sua múmia nunca foi encontrada. E é devido essas calunas que a autora criou uma história que tem usurpação, traições, incesto e porque não fatos bíblicos! Ah é, Nefertite é o Grande Faraó que aparece na bíblia, o qual enfrentou as 10 pragas que atingiu o Egito.

Um dos focos principais e verosímil do livro, além dos costumes e hábitos do povo do antigo Egito, é a transição que o casal real realizou na religião, abolindo a adoração aos deuses animais e pondo Aton, o Globo, como o único deus a ser adorado. Foram esses ponto que gostei de ler, pois fala sobre como acontecia as mumificações, como eram os deus e todo sua história e formas de adoração, o padrão estético das construções e obras...Enfim, é um baú de tesouros.
Contudo o incesto, que aparentemente na real não aconteceu, foi desnecessário e certas características foram um tanto exageradas. Outra coisa que é exagerada é a narrativa, que por ser do ponto de vista de um personagem membro da corte, é cheia de floreios, o que por um lado combina bem com a ostentação que o antigo Egito é marcado.
Sinceramente, não foi o que esperava ler e fiquei um tanto desapontada, porque apesar do material ser potencialmente bom, a forma como ele é passado aos leitores não é agradável de ler. É cansativo e exagerado, como já disse.




Não foi assim uma perda de tempo total, mas me parece injusto dar uma pontuação maior.


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