segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SÉRIE: JESSICA JONES

Netflix já liberou a tão esperada série Jessica Jones e como de costume uma maratona se fez necessário.


To devendo uma resenha da série Demolidor, mas enquanto isso vamos falar da novidade da Netflix, Jessica Jones! Lançada assim de uma única vez em pleno feriado! Golpe baixo, Netflix! A primeira temporada conta com 13 episódios com cerca de 55 minutos cada. 
No elenco temos Krysten Ritter como nossa heroína protagonista, Rachael Taylor interpretando Trish Walker, Mike Colter como Like Cage e...DAVID TENNANT *gritos internos* como o vilão Kilgrave. Desculpa, vou tentar controlar meu lado fangirl aqui...E ainda tem Carrie Ann Moss, nossa eterna Trinity de Matrix. Claro que a lista de atores é longa, mas não vamos estragar as surpresas todas, certo? 

Com uma pegada mais sombria e séria que outras produções do gênero, Jessica Jones mostra muito mais o lado psicológico dos personagens. Infelizmente para quem viu Demolidor e espera ver altas cenas de luta, sinto ser portadora de más noticias, mas as cenas de luta, que ja são poucas não chegam a ser tão bem elaboradas quanto em Demolidor. Contudo esse nem é o foco, levando em consideração que o grande vilão dessa temporada é um psicopata controlador de mentes! 

Jessica, no momento mostrado pela série, é uma detetive que é assombrada pelo seu passado até que que, bem, o passado bate na porta dela. E é ai que a coisa engrena de vez! Com reviravoltas e muito alccol consumido pela protagonista a série surpreende em manter o ritmo de tensão, mas peca em algumas cenas e diálogos nem tão elaborados assim. Contudo Krysten está de parabéns como Jessica Jones, na humilde opinião de alguém que não le as HQs, passando a imagem de uma heroína forte, contudo humana com defeitos e problemas, nada romantizada. David...Ahh...David Tennat esta uma perfeição como Kilgrave. O sorriso maníaco e os gestos ponderados, trouxeram um equilíbrio perfeito para o personagem. Tem horas que você chega a se compadecer com ele, serio mesmo! Mas talvez tenha sido meu lado fangirl. Ele é meu Doctor favorito, gente! De qualquer forma, Krysten e David deu certo! Rachael não faz vexame como Trish, representando bem não apenas a amiga mas uma companheira de verdade pro que der e vier. Contudo Carrie, apesar de muito bem interpretando uma advogada aparentemente sem coração, não foi tão bem aproveitada, sendo deixa em um núcleo um tanto quanto chato, pronto falei! O mesmo acontece com alguns outros personagens, que assim como a advogada poderiam ser mais bem explorados. Ja uns ai, deram tanta atenção que ficou irritante! Falo mesmo! 
Vale ressaltar que a fotografia da série é algo que me atraiu demais!desde a aberturas, aos ângulos diferentes, as cores para representar um personagens, os efeitos para pontuar certos momentos, lembranças... Esses pequenos toques fizeram a diferença na história, pode acreditar. 

Entre trancos e barrancos, Jessica Jones é uma série de herói muito bem elaborada. Tem la sua gafes, mas a qualidade do elenco e equipe conseguiram manter um nível elevado de produção. Talvez no final...apenas no final meio que... Nah, que graça tem contar? Vocês precisam ver porque dentre as séries de estreia do gênero, Jessica Jones dispara na frente, mesmo com o final um tanto...






domingo, 22 de novembro de 2015

BATTLE ROYALE DE KOUSHUN TAKAMI

Violência na sua mais pura forma.

Abrindo Battle Royale pra ler:



Única obra do autor japonês, Koushun Takami. Aclamada por muito e conhecida por seu conteúdo polêmico. Ah, sim, depois do lançamento de Jogos Vorazes uma nova polêmica surgiu devido a familiaridade do contexto, contudo acho exagero, ja que as obras possuem uma abordagem totalmente diferente. Presente em minha lista de sejos a muito tempo, finalmente comprei um na ultima Bienal. 

Em Battle Royale a história se passa em um mundo onde o Japão é conhecido como República da Grande Ásia Oriental e possui um perfeito governo totalitário. Esse Governo opressor cria um plano perfeito para controlar a população e passar uma mensagem bem clara. O Programa é assim executado anualmente, onde uma turma do nono ano é sorteada aleatoriamente e seus alunos jogados em uma ilha, dando inicio ao mais brutal jogo de todos. Os alunos, antes colegas de turma, agora precisam sobreviver, matar uns aos outros até que apenas um permaneça de pé. Apenas o Vencedor poder sair da ilha. O Programa existe com o proposito de coletar dados de guerra... Mas também é pra deixar claro que não se pode confiar em ninguém. 

Nesse cenário distópico criado pelo Takami, o próprio leitor se sente oprimido e totalmente chocado com o que se passa nas mais de 600 páginas desse livro. Tamaki conseguiu elaborar um ambiente onde o medo, desconfiança, amizade, amor...Tudo é levado ao limite e sempre regado com muito, mas muito sangue mesmo! Não há pudor algum aqui, as cenas de luta são super bem descritas, com detalhes ricos demais até. E por debaixo dessa brutalidade sangrenta e visceral, o autor ainda teve o cuidado de montar todo o psicológico de cada estudante, criando personagens complexo, alguns com passados tristes outros com grande sonhos pro futuro...Contudo o foco maior cai sobre três estudantes, Shuya,o típico garoto da casa ao lado, Noriko, a garota da casa ao lado, e Shogo, o garoto misterioso que ninguém quer chegar perto. Dos três Shogo é o mais fascinante, na minha humilde opinião. Ele é esperto e tem um humor distorcido, sendo leal tanto aos amigos quanto aos seus ideais. Shuya se desenvolve ao longo da historia e ganha pontos por isso. Noriko começa meio donzela indefesa, o que ate da pra entender devido ao estado que ela se encontra, e só no finalzinho vemos a jovem tomar as rédeas da situação.
Como o lugar é uma ilha, o autor pode se focar na descrição das cenas de luta e nos personagens em si, permitindo uma abordagem mais profunda de suas história, então não tem enrolação nenhuma, apenas o psicológico e a violência do ser humano. 

Esse livro não é para os corações fracos, mas é perfeito para quem curte um thriller contendo muita ação e suspense. Quem le entendo porque ele é polêmico mas entende também como essa obra é bem narrada e, certamente, digna de seu sucesso. 

Bônus: O livro rendeu um filmes japonês de mesmo nome e que não economiza em nada no sangue falso, trazendo com louvor a brutalidade das páginas para a telinha, contudo deixa a desejar para com o lado psicológico dos personagens, o que é compreensível, pois ai teria que ser um filme para cada, sei la, cinco personagens? Ainda sim faz juz a obra em que se baseia. 

sábado, 21 de novembro de 2015

REBIRTH - OS NOVOS TITÃS DE BIANCA LANDIM

Final de ano e liberdade da faculdade! Mais tempo para tomar vergonha na cara e cuidar desse blog aqui. E para marca a volta triunfante depois desse hiatus, hoje trago uma das aquisições da Bienal do Livro 2015!
A autora desse livro estava la na Bienal, no stande da Novo Século. Bianca Ladim foi um amor, conversou com a gente sobre o livro e tantas outras coisas. Bom, Bianca, você estava certa, esse livro merece uma continuação, então deixo aqui meu pedido desde já. kkkkkkkkkkkkkk

Se você é fã de mitológica como essa pessoa que vos fala então pode por Rebirth na sua listinha de leitura. E Bianca da vida aos vários mitos e lendas, não apenas dos Olimpianos, mas também da cultura nórdica, egípcia e de quebra do hinduísmo. O livro é dividido em três partes: a primeira somos apresentados aos jovem titãs, Celes, Solaris, Pyro e Discórdia. Cada um passa a ser protegido de um deus olimpiano e assim são treinados exaustivamente até que estejam prontos para enfrentar uma antiga ameaça, Cronos, tal qual havia sido proclamado em uma profecia. Já na segunda parte nosso quarteto de heróis enfrenta uma nova ameaça e dessa vez contam com a ajuda dos deuses nórdicos e egípcios! Infelizmente a cultura de ambos não é tão explorada quando o universo grego, mas ainda podemos ter uma visão da diferença entre os mundos dos deuses, como o ambiente e cultos oferecidos. E finalmente a terceira e ultima parte da história, além dos deuses ja citados, se juntam aos titãs os deuses do hinduísmo. Essa ultima parte foi, particularmente, devido as aparições de, desculpa o spoiler, do lord Shiva e sua esposa Parvati, mesmo que brevemente, sua participação foi interessante para demonstrar os ensinamentos do hinduísmo. 

A escrita direta da autora, não permite maiores enrolações na história, então a leitura acaba sendo rápida e juntando com a ação constante dos treinos e trabalhos, tudo flui de forma que o leitor fique totalmente focado no livro, preso naquele mundo de mitos e lendas de várias culturas diferentes. 

Infelizmente, há um aspecto que não me agradou muito e tenho total consciência que é apenas uma implicância pessoal minha. Alguns personagens foram deixado de lado, não interfere em nada na qualidade do livro, que super recomendo, contudo, por ter gostado muito deles e ver que foram deixados apenas para acompanhar a historia, sem maiores participações ou cenas únicas, meio que me magoou. Mas como ja disse, é totalmente pessoal e nada disso interfere no desenrolar da historia, apenas precisava botar pra fora essa frustração dentro do meu peito. 

Super recomendado para fans de mitologia. 
Leitura dinâmica com ação e romance. 
Rebirth me fez ficar curiosa sobre futuras obras da autora. 
Bianca, fica aqui o joinha do LETV! Parabéns por essa obra!